sexta-feira, 27 de maio de 2011

Os bons são a maioria???

Analisando os dias atuais, diante de tanta maldade e crueldade no mundo cheio de guerras físicas e espirituais, podemos muito bem nos perguntarmos se os bons são maioria no planeta, no país, na nossa cidade.
Se analisarmos as notícias da grande mídia ou se lermos os diversos blogs da nossa região, talvez a conclusão seja negativa.
Porém, se procurarmos conhecer realidades que teimam em resistir ao mal inevitável do crescimento do egocentrismo, do egoísmo e de tantos outros ísmos do mundo globalizado, talvez concluamos de forma inversa.
Dom Hélder Câmara, em suas reflexões, ao contemplar essa mesma situação e se deparar com pessoas que consideram que isso são os sinais dos fins dos tempos, afirma que não acredita que o fim do mundo esteja próximo, quando muito pode está ainda no começo, no alvorecer.
Falo isso apenas para pedir espaço para ressaltar o relevante trabalho que uma professora aposentada vem desenvolvendo silenciosamente em Ipanguaçu/RN, através de seu trabalho voluntário na Biblioteca Infanto Juvenil da Infância e Adolescência Missionária, que diga-se de passagem, foi pensada, criada, instalada, constituída e construída por pessoas que se uniram em busca de suprir a falta que faz em um município um lugar dedicado a edificação da cultura letrada.
Quem muito se dedicou por toda a sua vida à educação, como diretora de Escola do Estado e como professora, não poderir ficar inerte em sua aposentadoria, repete com brilhantismo o que fez desde sempre.
Maria da Salete Silveira, continue seguindo seu caminho de construtora de um mundo melhor. O bispo vermelho dizia que não perdéssemos tempo, procurássemos nos unir a outras pessoas que querem ver acontecer uma nova realidade para fortalecermos a rede do bem. Todo o esforço que você empreende, especialmente nos últimos dias, arrumando a Biblioteca Professora Maria Hilca de Alcântara e escrevendo o gigante Projeto Biblioteca Interativa será para sempre lembrado. Embora muitas vezes não seja valorizado pela maioria, nem todos receberam o dom da gratuidade.
É indispensável que se ressalte aqui o nome das pessoas que também acreditam nessa utopia possível, como José Menezes (Zezé) que doou o vidro para a porta da biblioteca, Ismar Cachina, com a contribuição para a compra da porta, Rizomar Barbosa que doou uma estante para colocar parte dos livros doados que ainda permanecem sem espaço.
Definitivamente, o mundo precisa de muitas Saletes para que seja um pouco melhor. Trabalhar de graça pode, muitas vezes, compensar muito mais que em troca de rios de dinheiro. Você, leitor, sinta-se também chamado para se juntar a essas “formiguinhas”. Ser voluntário faz toda a diferença em sua vida e na muitas outras pessoa.
Ou, se você considera tudo isso inútil, acho melhor não reclamar quando a violência continua se alastrando e as drogas gananhado maior espaço na vida de tantos jovens que ao invés de maconha ou armas deveriam carregar e usar livros. Pena que os heróis nossos de cada dia muitas vezes moram ao lado e não os reconhecemos. Ou pior, na maioria das vezes só criticamos. Acho que os bons são maioria, basta apenas provocarmos o bem.

Rafael Cosme Tavares – Coordenador Estadual da IAM/RN

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